As marcas estão cada vez mais conscientes de que os consumidores actuais já não são tão crédulos e maleáveis como outrora, nem esperam ajustar-se a ditames convencionais ou submergir-se nos grandes formatos anónimos. Progressivamente mais informados, mais atentos e mais discordantes de excessos publicitários, os compradores de hoje têm a realização individual como referência, buscando significado, pelo que, de modo mais ou menos consciente, procuram compreender o que sentem, pensam e desejam, ou seja, conhecer a sua identidade.
Apercebendo-se desta tendência, marcas de sucesso e duradouras comunicam os seus produtos revestindo-os de uma identidade arquetípica, que opera directamente na matriz profunda e inconsciente do consumidor, despertando-lhe um sentido de identificação e significado.
Foi precisamente C.G. Jung que esclareceu a sociedade de como a realidade arquetípica repousa no inconsciente colectivo, devendo ser consciencializada: ” O arquétipo representa essencialmente um conteúdo inconsciente, o qual se modifica através da sua consciencialização e percepção, assumindo matizes que variam de acordo com a consciência individual na qual se manifesta”.
Retratados em mitos e contos, e constituindo imagens universais a toda a Humanidade desde as época mais remotas, os arquétipos são observados por antropólogos e outros estudiosos como expressões do drama existencial do ser humano, podendo de alguma forma enquadrar-se no impulso que move o homem a compreender o seu significado no grande mistério do universo.
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