Escolha e trabalho parecem ser, nos dias que correm, conceitos inconciliáveis. Para muitos, a escolha é apenas entre ter um trabalho ou não ter nenhum. E bem sabemos como também são (infelizmente) muitos os empregadores que usam e abusam de tal circunstância. Por outro lado, e quase contraditoriamente, nunca se falou tanto na necessidade de motivar equipas e de maximizar o potencial dos colaboradores como condições potenciadoras do aumento da produtividade. A conquista de um maior empenho não se reduz apenas a uma questão salarial, ou de horário, ou mesmo de reconhecimento do trabalho individual. O “gostar do que se faz” também passa pelo “gostar de para quem se faz”, pela identificação com os objectivos da empresa, mas também com o seu percurso, a sua história. Uma empatia possível mediante um conhecimento, ou melhor, um reconhecimento.
Traduzir as conquistas da empresa em formato Excel, com números impressivos e uma linha ascendente num gráfico poderá ser esclarecedor e até arrancar expressões de espanto a parte da audiência. Contudo, dificilmente a arrebatará. Somos humanos, ficamos entusiasmados com as conquistas mas também nos identificamos com os erros, sabemos que todo o percurso se faz de altos e baixos e é na partilha desse caminho não linear que encontramos autenticidade. Portanto, uma forma eficaz de conquistar emocionalmente a adesão a uma meta comum reside na arte da narrativa.
Este é um conceito já plenamente explorado lá fora e, inclusivamente, inspirador da criação de empresas cujos serviços oferecidos se podem resumir a um só: contar histórias.
É o caso da Stories Incorporated, empresa sediada em Washington que se dedica ao organizational storytelling, aplicando as ferramentas narrativas ao marketing, ao branding e ao processo de recrutamento. Objectivo: conhecer e dar a conhecer a cultura da empresa. De forma criativa, sempre.